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Joana Wagner | Crescer com a Música

  • Writer: EMNSC
    EMNSC
  • Mar 24, 2016
  • 4 min read

A Joana Wagner cresceu numa família de músicos, numa casa onde sempre houve um piano e sempre se ouviu muita música. As tardes de domingo eram passadas a tocar com o seu irmão Pedro Wagner.

“Eu no piano e ele na bateria, e vice-versa - na altura não imaginávamos que eu iria ser de facto pianista e que ele viria a ser um dos melhores alunos que a EMNSC já teve no Curso Secundário de Percussão.”

Joana Wagner, Crescer com a Música

A Joana tinha 12 anos quando entrou na EMNSC . Tinha começado os seus estudos na Metropolitana e entrou assim para a classe de oboé do professor Francisco Luís Vieira. “Ao fim de um ano mudei para piano e tive o privilégio de estudar com as professoras Marina Dellalian e Mariana Cruz, com quem concluí o Curso Secundário de Piano.”

Conta-nos que as primeiras audições eram sempre um momento de algum nervoso “miudinho”. Um pouco como agora, confessa. Mas a família tinha uma estratégia, uma tradição, que a ajudava a olhar para as audições como algo bom e positivo e nunca uma “viagem por um mundo assustador.”

(Risos)

“Em dia de audição, o jantar era pizza!"

Foi na EMNSC, que fez amigos para a vida, entre alunos e professores.

“Numa escola com audições constantes, recitais fora da escola em que apenas uma pequena seleção de alunos podia participar, e o facto de os alunos que queriam seguir música irem concorrer uns contra os outros nas escolas onde iriam prestar provas, poder-se-ía esperar uma grande competitividade/rivalidade entre os alunos. Apesar disso, tudo o que vi nos 10 anos que estudei na EMNSC foi o contrário. Trabalha-se num ambiente de amizade e interajuda, e é muito bonito ver que em todas as audições e exames há em cada um o desejo sincero não de que a minha audição corra bem, mas de que todo o grupo tenha uma óptima prestação.”

Sempre teve inúmeras ouras atividades, e o seu tempo livre era passado a trocar de umas para outras, mas não se queixa nada. “ gosto imenso de ter tido a oportunidade de praticar as atividades de que gosto e mantenho até hoje o estilo de vida de pouco tempo livre.

Foi apenas no 5º grau que decidiu que a sua vida seria sempre ligada à música. Como havia mudado de instrumento considerava que os colegas da sua idade tocavam todos muito melhor - estavam 4 anos hà minha frente, conta-nos - e nunca lhe pareceu sequer possível fazer da música uma carreira.

Assim, em 2009 entrou no IADE para a Licenciatura em Design. Como também tinha um fascínio no desporto, fazia Ginástica Rítmica no Sport Algés e Dafundo.

“Para além disso, desde os 13 anos que comecei a trabalhar, a dar explicações de matemática e aulas de piano.”

Quando decidiu seguir música estava na EMNSC a fazer o 5º grau de piano, no IADE a fazer o 1º ano do Curso de Design, no Sport Algés e Dafundo a fazer ginástica rítmica de competição, e ainda a dar aulas.

“Cheguei à conclusão de que não dava para fazer tudo bem e conseguir horas no meu dia para dormir, e que tinha que abdicar de alguma coisa. Foi a primeira vez que percebi que seria totalmente impensável abandonar a música, e foi assim que por exclusão de partes acabei por sair da faculdade e redefinir os meus objectivos. Por acaso, também nesse ano, devido a uma lesão, terminou a vida de ginasta, e com os fins de tarde mais livres inscrevi-me na JbJazz onde pude durante um ano estudar com excelentes músicos e professores como a Paula Sousa, o Pedro Madaleno, o Ricardo Barriga, o Pedro Pinto e o Luís Cunha.”

Conta-nos que sempre foi bastante independente e de ideias fixas. Todas as grandes decisões da sua vida foram tomadas no espaço de poucos dias. A distância entre começar a pensar 'talvez seja uma boa ideia' até decidir avançar foi sempre muito curta.

“Mas durante este processo, houve um professor na EMNSC que me deu alento à mudança de futuro, que foi uma das decisões mais acertadas da minha vida, que me ajudou a acreditar que não era por ser mais velha que os meus colegas que não teria hipótese de seguir a carreira que escolhi, e que se me propusesse a isso, teria sucesso. Foi o professor Jaime Reis, na altura meu professor de Análise e Técnicas de Composição.”

“Mais à frente, a professora Mariana Cruz teve um papel importante nas minhas decisões de futuro e tornou-se para mim uma referência de professora: a professora que me ensinou a ensinar. Ainda hoje falo com ela quando estou à procura de peças novas para trabalhar com os meus alunos.”

E a Joana Wagner tem muitas novidades para partilhar.

“Saí da EMNSC em 2014. Sou desde 2012 a professora de piano do Millennium BCP, o primeiro sítio onde tive uma classe de piano propriamente dita. Cerca de 20 alunos, audições, aulas de 1 hora, uma professora 'a sério'.

“Ainda em 2014, tive um trabalho enquanto pianista no Espaço Espelho de Água, em Belém, num mês temático em que havia piano ao vivo durante os almoços de Sábado e Domingo. Foi a primeira vez que actuei durante 3 horas numa sala com pessoas a falar, e adorei a experiência! O restaurante é lindíssimo, tocava com vista para o Tejo.”

Em Dezembro de 2014 gravou nesse mesmo restaurante 5 músicas de Natal, e partilha connosco o link para uma delas:

Foi no ano passado que realizou mais um sonho que não esperava realizar tão cedo, e aos 23 anos abriu a sua escola de música. Chama-se Pianíssimo e funciona no Campo Pequeno. Podem conhecer um pouco mais através do link para a página facebook

“Desde que saí da EMNSC em 2014, comecei a estudar com o professor Francisco Sassetti. Tem sido um privilégio aprender com um pianista tão talentoso, tão paciente e tão humilde. O Francisco tocou a 4 mãos comigo na inauguração da minha escola, em Outubro! Que privilégio!”

Da sua passagem pela EMNSC, recorda as aulas de formação musical aos Sábados de manhã com a sempre enérgica e animada professora Raquel Matos, recorda as aulas de coro feminino com a sempre paciente professora Teresita Marques, recorda os corais infinitos de Bach nas aulas do sempre dedicado professor Nuno Miguel Henriques, recorda os jantares de Natal em casa da sempre querida professora Mariana Cruz, e recorda o grupo. Em todas as situações havia um grupo.

Foram anos mágicos.

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